
Nordeste Brasileiro

A região Nordeste é uma das cinco regiões do Brasil definidas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 1969. Possui uma área semelhante à da Mongólia (ou o equivalente à área do estado do Amazonas), uma população equivalente à da Itália e um IDH médio, próximo ao de El Salvador. Em comparação com as outras regiões brasileiras, tem o terceiro maior território, o segundo maior colégio eleitoral (com 36.727.931 eleitores em 2010), o menor IDH (em 2005) e o terceiro maior PIB (em 2009).
Em função das diferentes características físicas que apresenta, a região encontra-se dividida em quatro sub-regiões: meio-norte, sertão,agreste e zona da mata, tendo níveis muito variados de desenvolvimento humano ao longo de suas zonas geográficas.
É a região brasileira que possui o maior número de estados (nove no total): Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Piauí, Pernambuco(incluindo o Distrito Estadual de Fernando de Noronha e o Arquipélago de São Pedro e São Paulo), Rio Grande do Norte (incluindo a Reserva Biológica Marinha do Atol das Rocas) e Sergipe.
A região Nordeste foi o berço da colonização portuguesa no país, de 1500 até 1532, devido ao descobrimento por Pedro Álvares Cabral com o objetivo de colonização exploratória, que neste caso consistia em extrair pau-brasil, cuja tinta da madeira era utilizada para tingir as roupas da nobreza europeia. Com a criação das capitanias hereditárias, deu-se o início da construção da primeira capital do Brasil, Salvador, em 1549. Desde o início, foi criado o governo-geral no país com a posse de Tomé de Sousa. O Nordeste foi também o centro financeiro do Brasil até meados do século XVIII, uma vez que a Capitania de Pernambuco foi o principal centro produtivo da colônia e Recife a cidade de maior importância econômica.

A vegetação nordestina vai desde a Mata Atlântica no litoral até a Mata dos Cocais no Meio Norte, com ecossistemas como os manguezais, a caatinga, o cerrado, as restingas, dentre outros, que possuem fauna e flora exuberantes, diversas espécies endêmicas e animais ameaçados de extinção.
- Mata Atlântica: também chamada de Floresta tropical úmida de encosta, a mata atlântica estendia-se originalmente do Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul, porém em consequência dos desmatamentos que ocorreram em função, principalmente, da indústria açucareira, hoje só restam cerca de 5% da vegetação original, dispersos em "ilhas". Foi na mata atlântica nordestina que começou o processo de extração do pau-brasil; existem também florestas semideciduais e úmidas nos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Bahia, que constituem encraves de Mata Atlântica de forma não contínua como no litoral, ocorrendo somente em serras e chapadas do interior deses territórios e caracterizando o chamado brejo de altitude.



- Mata dos Cocais: formação vegetal de transição entre os climas semi-árido, equatorial e tropical. As espécies principais são o babaçu e a carnaúba, podendo ocorrer também buriti. Ocorre em parte do Maranhão, do Piauí, do Ceará, do Rio Grande do Norte e do Tocantins na região Norte. Representa menos de 3% da área do Brasil.
- Cerrado: ocupa 25% do território brasileiro, mas no Nordeste só abrange o sul do estado do Maranhão, o sudoeste do Piauí, o oeste da Bahia, áreas interioranas das regiões Sul e Centro-Sul do Ceará (nestas, ilhadas pela caatinga), Microrregião de Araripina em Pernambuco e algumas áreas da faixa litorânea que vai do Piauí até o Sergipe. Apresenta árvores de baixo porte, com galhos retorcidos, com o chão coberto por gramíneas e solos de alta acidez; no Cariri cearense também existe a formação do cerradão, um cerrado com árvores mais altas.
- Caatinga: vegetação típica do sertão, tem como principais espécies o pereiro, a aroeira, as leguminosas e as cactáceas. É uma formação de vegetais xerófitos (vegetais de regiões secas), mas é rica ecologicamente. Ocorre em todos os estados nordestinos exceto o Maranhão, e no norte de Minas Gerais na Região Sudeste.
- Vegetações Litorâneas e Matas Ciliares: na categoria de vegetação litorânea podemos incluir os mangues, um riquíssimo ecossistema, local de moradia e reprodução dos caranguejos e importante para a preservação de rios e lagoas. Também podemos incluir as restingas e as dunas. As matas ciliares ou matas de galeria são comuns em regiões de cerrados, mas também podem ser vistas na Zona da Mata. São pequenas florestas que acompanham as margens dos rios, onde existe maior concentração de materiais orgânicos no solo, e funcionam como uma proteção para os rios e mares.
Cultura

(Luíz Gonzaga, o Rei do Baião)

(Lampião, O Rei do Cangaço, Virgulino Ferreira da Silva, o maior cangaceiro que existiu no Nordeste)

(Bumba meu boi ou boi bumbá, dança folclórica)

(O Sertão tá dentro da gente)
Tendo sido a primeira região efetivamente colonizada por portugueses, ainda no século XVI, que aí encontraram as populações nativas e foram acompanhados por africanos trazidos como escravos, a cultura nordestina é bastante particular e típica, apesar de extremamente variada. Sua base é luso-brasileira, com grandes influências africanas, em especial na costa de Pernambuco à Bahia e no Maranhão, e ameríndias, em especial no sertão semiárido.

(Maracatu Rural)

(Quadrilha)

(Artesanato)

(Ariano Suassuna)

(Apresentação de Quadrilha)

(As bandeiras dos estados nordestinos)

(Bonecos Gigantes de Olinda, no carnaval)

(Passistas de frevo, atrás o boneco gigante representando o carnavalesco malandro)

(Os músicos de Festas Juninas, com roupas e instrumentos típicos)

(Papangus)

(Teatro de Bonecos)

(Decoração de Festa Junina, São João)
Bibliografia

(Luíz Gonzaga, o Rei do Baião)
(Lampião, O Rei do Cangaço, Virgulino Ferreira da Silva, o maior cangaceiro que existiu no Nordeste)

(Bumba meu boi ou boi bumbá, dança folclórica)
(O Sertão tá dentro da gente)
Tendo sido a primeira região efetivamente colonizada por portugueses, ainda no século XVI, que aí encontraram as populações nativas e foram acompanhados por africanos trazidos como escravos, a cultura nordestina é bastante particular e típica, apesar de extremamente variada. Sua base é luso-brasileira, com grandes influências africanas, em especial na costa de Pernambuco à Bahia e no Maranhão, e ameríndias, em especial no sertão semiárido.
(Maracatu Rural)
(Quadrilha)
(Artesanato)

(Ariano Suassuna)

(Apresentação de Quadrilha)

(As bandeiras dos estados nordestinos)

(Bonecos Gigantes de Olinda, no carnaval)

(Passistas de frevo, atrás o boneco gigante representando o carnavalesco malandro)

(Os músicos de Festas Juninas, com roupas e instrumentos típicos)

(Papangus)

(Teatro de Bonecos)

(Decoração de Festa Junina, São João)
Bibliografia
A literatura nordestina tem dado grandes contribuições para o cenário literário brasileiro, destacando-se nomes como Jorge Amado, Nelson Rodrigues, José de Alencar, João Cabral de Melo Neto, Rachel de Queiroz, Gregório de Matos, Clarice Lispector, Graciliano Ramos, Gonçalves Dias, Aluísio Azevedo, Manuel Bandeira, Joaquim Nabuco, Tobias Barreto, Arthur Azevedo, Castro Alves, Coelho Neto, Álvaro Lins, Jorge de Lima, Ariano Suassuna, Viriato Correia, Ferreira Gullar, José Lins do Rego, João Ubaldo Ribeiro, Dias Gomes, Raimundo Correia, Josué Montello, dentre muitos outros.
Na literatura pode-se citar ainda a literatura popular de cordel que remonta ao período colonial (a literatura de cordel veio com os portugueses e tem origem na Idade média europeia) e numerosas manifestações artísticas de cunho popular que se manifestam oralmente, tais como os cantadores de repentes e de embolada.

Pernambuco



Pernambuco é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Está localizado no centro-leste da região Nordeste e tem como limites os estados da Paraíba (N), do Ceará (NO), de Alagoas (SE), da Bahia (S) e do Piauí (O), além de ser banhado pelo oceano Atlântico (L). Ocupa uma área de 98 311 km² (pouco menor que a Coreia do Sul). Também fazem parte do seu território os arquipélagos de Fernando de Noronha e São Pedro e São Paulo. Sua capital é a cidade do Recife e a sede administrativa é o Palácio do Campo das Princesas.
Uma das primeiras regiões do Brasil a ser ocupada pelos portugueses, Pernambuco foi também o mais importante núcleo econômico e um dos principais núcleos políticos do período colonial. O estado teve ativa participação em diversos episódios da história brasileira: foi palco das Batalhas dos Guararapes, decisivas na Insurreição Pernambucana e consideradas a origem do Exército Brasileiro; e serviu de berço a movimentos de caráter nativista ou de ideais libertários, como a Guerra dos Mascates, a Revolução Pernambucana, a Confederação do Equador e a Revolta Praieira.
Conhecido por sua ativa e rica cultura popular, Pernambuco é berço de várias manifestações tradicionais, como o frevo e o maracatu, bem como detentor de um vasto patrimônio histórico, artístico e arquitetônico, sobretudo no que se refere ao período colonial. Na década de 1990, surgiu em Pernambuco o manguebeat, amálgama do rock, do pop, do rap e do funk com os ritmos locais.
O estado é representado na bandeira do Brasil pela estrela Mµ de Escorpião.
Alguns estudiosos afirmam que a origem do nome de Pernambuco vem do nome tupi: pa'ra'nã = "mar" mais buka = ("furo de mar"), referência dada aos índios no canal de Santa Cruz que cerca a toda a Ilha de Itamaracá. Segundo outros afirmam, era a denominação nas línguas indígenas locais da época do descobrimento para o pau-brasil. Pode se originar, ainda, da palavra tupi paranãbuku, que significa "mar comprido", através da junção dos termos paranã ("mar") e puku ("comprido, alto").
Representação de Pernambuco na bandeira do Brasil.
O Parque Nacional do Catimbau, localizado no sertão/agreste de Pernambuco, possui sítios arqueológicos e registros de pinturas rupestres datados de pelo menos 6.000 anos.



Olinda foi a primeira capital administrativa de Pernambuco. Na foto, o Centro Histórico de Olinda, Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO.


Convento de São Francisco, convento franciscano mais antigo do Brasil, localizado em Olinda.

As Batalhas dos Guararapes, episódios decisivos na Insurreição Pernambucana, são consideradas a origem do Exército Brasileiro.




Cidade de Serra Talhada
Ecologia
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Fernando de Noronha, arquipélago pernambucano declarado Patrimônio Natural da Humanidade pela UNESCO.

Praia do Leão, Fernando de Noronha
Parque Nacional do Catimbau













Área de Proteção Ambiental Costa dos Corais




Área de Proteção Ambiental Chapada do Araripe





Floresta Nacional de Negreiros







Reserva Biológica de Pedra Talhada



Reserva Biológica de Saltinho
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Reserva Biológica de Saltinho, em Tamandaré
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Recife é o maior município de Pernambuco, e sua região metropolitana o maior aglomerado urbano do Norte-Nordeste do Brasil.
A Igreja de Nossa Senhora do Carmo, construída no ano de 1580 em Olinda, é o primeiro templo da Ordem dos Carmelitas nas Américas.
O Templo do Recife foi o segundo templo mórmon construído no Brasil e o 101º no mundo.
Cais José Estelita, no Recife,



Praça do Entroncamento, uma das praças recifenses projetadas pelo renomado paisagista, filho de pernambucana, Burle Marx,

Recife a noite

Recife Antigo visto do alto




Quartel do Derby








A Ponte Buarque de Macedo, uma das quase 50 pontes da capital pernambucana, é uma das ligações entre o Bairro do Recife e a Ilha de Antônio Vaz.


Ponte Maurício de Nassau.



Ponte da Boa Vista





Na Rua do Bom Jesus funcionava o Town British Club, em cima do London Bank, fundado pelos ingleses.





Símbolos estaduais
Bandeira

Ela é formada por duas faixas, uma superior (na cor azul) e uma inferior (na cor branca). A cor azul do retângulo superior simboliza a grandeza do céu pernambucano; a cor branca representa a paz; o arco-íris (verde, amarelo, vermelho) representa a união de todos os pernambucanos; a estrela caracteriza o estado no conjunto da Federação, que na bandeira nacional é representado por Denebakrab; o Sol é a força e a energia de Pernambuco; finalmente, a cruz representa a fé na justiça e no entendimento.
Brasão
Formam o Brasão do estado de Pernambuco um Leão na parte superior (representando a bravura do povo pernambucano), um escudo contendo ramos de algodão e de cana-de-açúcar (caracterizando as riquezas), o Sol (representando a luz cintilante do equador), além das Estrelas, que caracterizam os municípios pernambucanos.
Hino
O hino do Estado de Pernambuco foi criado no ano de 1908. e exalta as belezas, as conquistas históricas e o passado de batalhas do povo pernambucano. Tem (letra) de Oscar Brandão da Rocha e (música) de Nicolino Milano. No total, há quatro estrofes, cada uma contendo contendo seis versos, e um estribilho (refrão).
Coração do Brasil! em teu seio
Corre sangue de heróis - rubro veio
Que há de sempre o valor traduzir
És a fonte da vida e da história
Desse povo coberto de glória,
O primeiro, talvez, no porvir.
Corre sangue de heróis - rubro veio
Que há de sempre o valor traduzir
És a fonte da vida e da história
Desse povo coberto de glória,
O primeiro, talvez, no porvir.
REFRÃO
"Salve! Ó terra dos altos coqueiros!
De belezas soberbo estendal!
Nova Roma de bravos guerreiros
Pernambuco, imortal! Imortal!"
"Salve! Ó terra dos altos coqueiros!
De belezas soberbo estendal!
Nova Roma de bravos guerreiros
Pernambuco, imortal! Imortal!"
Esses montes e vales e rios,
Proclamando o valor de teus brios,
Reproduzem batalhas cruéis.
No presente és a guarda avançada,
Sentinela indormida e sagrada
Que defende da Pátria os lauréis.
Proclamando o valor de teus brios,
Reproduzem batalhas cruéis.
No presente és a guarda avançada,
Sentinela indormida e sagrada
Que defende da Pátria os lauréis.
REFRÃO
Do futuro és a crença, a esperança,
Desse povo que altivo descansa
Como o atleta depois de lutar...
No passado o teu nome era um mito,
Era o sol a brilhar no infinito
Era a glória na terra a brilhar!
Desse povo que altivo descansa
Como o atleta depois de lutar...
No passado o teu nome era um mito,
Era o sol a brilhar no infinito
Era a glória na terra a brilhar!
REFRÃO
A República é filha de Olinda,
Alva estrela que fulge e não finda
De esplender com seus raios de luz.
Liberdade! Um teu filho proclama!
Dos escravos o peito se inflama
Ante o Sol dessa terra da Cruz!"
Alva estrela que fulge e não finda
De esplender com seus raios de luz.
Liberdade! Um teu filho proclama!
Dos escravos o peito se inflama
Ante o Sol dessa terra da Cruz!"
REFRÃO(2X)



O Complexo Industrial e Portuário de Suape abriga empreendimentos como o Estaleiro Atlântico Sul, maior estaleiro do Hemisfério Sul. O petroleiro João Cândido (na foto) foi o primeiro navio lançado pela indústria naval pernambucana.

A FIAT está construindo uma montadora no município de Goiana, litoral norte de Pernambuco. Outras montadoras em processo de implantação no estado são a Shacman (caminhões e ônibus - município de Caruaru) e a Shineray (motocicletas -Complexo Industrial de Suape).

Recife foi eleita por pesquisa encomendada pela MasterCard Worldwide como uma das 65 cidades com economia mais desenvolvida dos mercados emergentes no mundo.


(Caruaru a capital do Forró)


Caruaru, no agreste pernambucano, é o segundo maior polo de confecções do Brasil. Compõe, junto com Santa Cruz do Capibaribe e Toritama, o triângulo têxtil de Pernambuco.
O médico pernambucano Correia Picanço fundou as primeiras faculdades de medicina do Brasil: a Faculdade de Medicina da Bahia e a Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro; e fez, no Recife, a primeira operação cesariana do país.
A Faculdade de Direito da Universidade Federal de Pernambuco é a segunda melhor do Brasil, com aproveitamento de 81,3% no Exame de Ordem (2010.1). Nascida da transferência da Faculdade de Direito de Olinda, é a mais antiga faculdade de Direito do Brasil.

A Univasf é a primeira Universidade Federal implantada no sertão nordestino. Está situada nos estados de Pernambuco,Bahia e Piauí, com sede na cidade de Petrolina em Pernambuco. Iniciou suas atividades acadêmicas em 2004. Na foto, entrada leste do Campus Petrolina Centro.
Turma de medicina da UPE Garanhuns em foto com a presidente Dilma Rousseff e o governador de Pernambuco Eduardo Campos.
Pernambuco conta com cobertura de todos os tipos de transporte: aéreo, marítimo, rodoviário e ferroviário.
Viaduto Capitão Temudo, Recife.

Estação de aluguel de bicicletas em Recife.

Estação de aluguel de bicicletas no Recife Antigo.
Pernambuco apresenta dois portos marítimos: o de Suape, segundo maior do Brasil, localizado no município de Ipojuca; e o do Recife, um dos mais antigos do Brasil, que muitos estudiosos afirmam ter dado início ao Recife. Possui também o porto fluvial de Petrolina.
O Porto de Suape é a melhor infraestrutura portuária do Brasil.
Quanto às ferrovias, o estado foi o primeiro do Nordeste e o segundo do Brasil a ter uma estrada de ferro: a ferrovia Recife-Cabo, inaugurada a 8 de setembro de 1855, com extensão de 31,5 km, ainda no Brasil Império, construída para transporte de passageiros e carga.
O Metrô do Recife, primeiro sistema metroviário do Norte-Nordeste, foi inaugurado em março de 1985, com a linha Werneck-Centro, de 6,2 km de extensão. Seguiram-se construções de outras estações, e em outubro de 1986 chegou ao Terminal Integrado de Passageiros, TIP (rodoviária do Recife), o TIP foi inaugurada em outubro de 1986, sendo a segunda maior estação rodoviária do país.
O Metrô do Recife, primeiro sistema metroviário do Norte-Nordeste, em funcionamento desde 1985, liga a capital pernambucana a municípios da Região Metropolitana.
O Aeroporto Internacional dos Guararapes - Gilberto Freyre é o principal terminal aeroportuário do estado de Pernambuco. Está localizado no bairro da Imbiribeira, na zona sul do Recife. A Infraero administra dois aeroportos no estado. O Aeroporto Internacional do Recife - Gilberto Freyre e o Aeroporto de Petrolina possui a segunda maior pista de pouso do Nordeste, e o seu principal emprego é no transporte da produção de frutas do Vale do São Francisco para o exterior.


O Aeroporto Internacional do Recife é o melhor aeroporto do Brasil e um dos cinco melhores do mundo segundo a Revista TAM.
Os principais jornais do estado são: Diario de Pernambuco (o mais antigo periódico em circulação da América Latina), Folha de Pernambuco, e Jornal do Commercio.
A Rádio Clube de Pernambuco é a mais antiga emissora de rádio do Brasil.
Cultura



(Artesanato)

(Instrumentos de percussão muito utilizados em Pernambuco)

(Passistas mirins frevando)

(Alceu Valença)

(O Maracatu Rural, Caboclos de lança)

(Mestre Salustiano)

(Quinteto Violado)



(Artesanato)

(Instrumentos de percussão muito utilizados em Pernambuco)

(Passistas mirins frevando)

(Alceu Valença)

(O Maracatu Rural, Caboclos de lança)

(Mestre Salustiano)

(Quinteto Violado)
A cultura pernambucana é bastante diversificada, uma vez que foi influenciada por indígenas, africanos e europeus.
Pernambuco tem uma cultura bastante particular e típica, apesar de extremamente variada. Sua base é luso-brasileira, com grandes influências africanas e ameríndias.
Produção do conhecimento
No estado de Pernambuco nasceram personalidades de grande destaque em todas as áreas do conhecimento.
Gilberto Freyre, um dos mais importantes sociólogos do século XX, representa um marco na história do Brasil devido ao seu livro Casa-Grande & Senzala, que demonstra a importância dos escravos para a formação do país e que brancos e negros são absolutamente iguais.
Os literatos pernambucanos são muitos. Alguns deles: João Cabral de Melo Neto,

Nelson Rodrigues,

Manuel Bandeira,

Clarice Lispector,

Joaquim Nabuco, Álvaro Lins, Marcos Vilaça, Martins Júnior, Josué de Castro, Olegário Mariano, Adelmar Tavares, Carlos Pena Filho, Antonio Lavareda, Luiz Felipe Pondé, Ricardo Noblat, Marcelino Freire, Joaquim Cardoso, Manuel Correia de Andradre, Roberto Lira, Evaldo Cabral de Mello, José Condé, João Carneiro de Sousa Bandeira, Antonio Herculano de Sousa Bandeira e Leôncio Basbaum. João Cabral de Melo Neto foi o primeiro brasileiro a ser galardoado com o Prêmio Camões, o mais importante prêmio literário da língua portuguesa.

Nelson Rodrigues,

Manuel Bandeira,

Clarice Lispector,

Joaquim Nabuco, Álvaro Lins, Marcos Vilaça, Martins Júnior, Josué de Castro, Olegário Mariano, Adelmar Tavares, Carlos Pena Filho, Antonio Lavareda, Luiz Felipe Pondé, Ricardo Noblat, Marcelino Freire, Joaquim Cardoso, Manuel Correia de Andradre, Roberto Lira, Evaldo Cabral de Mello, José Condé, João Carneiro de Sousa Bandeira, Antonio Herculano de Sousa Bandeira e Leôncio Basbaum. João Cabral de Melo Neto foi o primeiro brasileiro a ser galardoado com o Prêmio Camões, o mais importante prêmio literário da língua portuguesa.
Música e dança
Vários gêneros musicais e danças surgiram no estado de Pernambuco ao longo dos anos.
O Frevo, um dos principais gêneros musicais e danças do estado e símbolo do Carnaval Recife/Olinda, se caracteriza pelo ritmo acelerado e pelos passos que lembram a capoeira. Esse gênero já revelou e influenciou grandes músicos, como Alceu Valença, Geraldo Azevedo, Elba Ramalho, Zé Ramalho,Moraes Moreira, Armandinho, Pepeu Gomes, Antônio Nóbrega, Hermeto Pascoal, entre muitos outros.
Nos anos 90 surgia em Pernambuco o Manguebeat, movimento da contracultura que mistura ritmos regionais, como o maracatu, com rock, hip hop, funk e música eletrônica. O movimento tem como principais críticas o abandono econômico-social do mangue, a desigualdade de Recife (não apenas desta, sendo apenas um reflexo do descaso do Estado fora do eixo Rio-São Paulo). Apesar de ter sido inventado já na década de 1970 pelo guitarrista Robertinho do Recife com os álbuns "Jardim da Infância" (1977), "Robertinho no Passo"(1978) e "E Agora pra Vocês... Suingues Tropicais" (1979), tem como ícone o músico Chico Science, ex-vocalista, já falecido, da banda Chico Science e Nação Zumbi, idealizador do rótulo mangue e principal divulgador das ideias, ritmos e contestações do manguebeat. Outro grande responsável pelo crescimento desse movimento foi Fred Zero Quatro, vocalista da banda Mundo Livre S/A e autor do primeiro manifesto do Mangue de 1992, intitulado "Caranguejos com cérebro".


O Maracatu Nação é uma manifestação cultural da música folclórica pernambucana afro-brasileira. É formada por uma percussão que acompanha um cortejo real.
OMaracatu Rural é outra manifestação cultural de Pernambuco, na qual figuram os conhecidos caboclos de lança. É conhecido também como Maracatu de Baque Solto.
O Baião teve como precursor o pernambucano Luiz Gonzaga. O ritmo, ao lado de outros como xote, xaxado e côco, faz parte do chamado forró.
Muito comuns em Pernambuco são as Bandas de Pífanos, além de outras músicas e danças oriundas do estado, como a Ciranda. Também são comuns o Pastoril, o Coco, a Embolada, entre outras manifestações.

(Os 2 principais compositores de frevo de Pernambuco: Capiba e Nelson Ferreira)

(Os 2 principais compositores de frevo de Pernambuco: Capiba e Nelson Ferreira)
Em Pernambuco nasceram nomes de destaque da música brasileira, como Luiz Gonzaga, Bezerra da Silva, Lenine, Alceu Valença, Michael Sullivan,Chico Science, Otto, Geraldo Azevedo, Nando Cordel, Dominguinhos, Fred Zero Quatro, Ortinho, José Carlos Burle, Fernando Lobo, Cynthia Zamorano,Reginaldo Rossi, Jorge de Altinho,

Capiba,
entre muitos outros; além de instrumentistas de renome internacional, como

Naná Vasconcelos,

Robertinho do Recife,

Antônio Nóbrega,
Miguel Kertsman, Marlos Nobre, Antônio Meneses, Luperce Miranda, James Strauss, Walter Wanderley, João Pernambuco, dentre outros tantos.

Capiba,
entre muitos outros; além de instrumentistas de renome internacional, como

Naná Vasconcelos,

Robertinho do Recife,

Antônio Nóbrega,
Miguel Kertsman, Marlos Nobre, Antônio Meneses, Luperce Miranda, James Strauss, Walter Wanderley, João Pernambuco, dentre outros tantos.
Artes e artesanato
O estado de Pernambuco apresenta uma grande variedade de produtos artesanais. Pelos principais ramos, o artesanato pernambucano está assim dividido: Cestaria e trançados; bordados e rendas; cerâmica; couro; tecelagem; madeira; metal; tapeçaria.
Cerâmica - É a argila modelada e aquecida a ponto de manter a forma definitiva desejada.
Cestaria e trançados - São muitos os artigos produzidos com fibras vegetais: bolsas de vários tamanhos e modelos, tapetes, chapéus, cestas, esteiras, sacolas, estandartes etc.
Redes - Grande parte das redes produzidas atualmente em Pernambuco já são através de processos industriais. Mas, em algumas regiões -como, por exemplo, o município de Tacaratu - ainda está presente o processo artesanal, através do qual a rede é produzida num penoso trabalho de mais de 20 etapas.
Artigos de couro - São artigos como bolsas, cintos, chapéus, sapatos e outros, do tipo popular, destinados à população de baixa renda. Além desses produtos, também são confeccionados arreios para cavalo, bainhas para faca, moringas, cartucheiras, gibões e selas para montaria em animais.
Artigos em madeira - Como a cerâmica, os artigos artesanais em madeira dividem-se em dois tipos: o utilitário e o decorativo. Entre as peça utilitárias, destacam-se a colher de pau, cabides, saleiros, açucareiros, etc.


Pernambucanos como Cícero Dias, Vicente do Rego Monteiro,

Romero Britto,

Francisco Brennand,

Mestre Vitalino,
J. Borges, Aloísio Magalhães, Andree Guittcis e Abelardo da Hora alcançaram grande notoriedade nas artes plásticas e design.

Romero Britto,

Francisco Brennand,

Mestre Vitalino,
J. Borges, Aloísio Magalhães, Andree Guittcis e Abelardo da Hora alcançaram grande notoriedade nas artes plásticas e design.
A Paixão de Cristo existe desde 1951, como espetáculo teatral.
Pernambuco deu origem ao Mamulengo, nome dado ao teatro de bonecos brasileiro, tido como um dos mais ricos espetáculos populares do país. É uma representação de dramas através de bonecos, em pequeno palco elevado coberto por uma empanada, atrás do qual ficam as pessoas que dão vida e voz aos personagens.

Já o cinema de Pernambuco tem sua história iniciada em 1922, quando o ourives Edson Chagas e o gravador Gentil Roiz se juntam com o propósito de produzir filmes de enredo.
O cinema pernambucano é muito respeitado pela crítica: já recebeu inúmeros prêmios nacionais e internacionais e é recordista de indicações e premiações em diversas edições de festivais. Filmes de cineastas e roteiristas pernambucanos como os dramas Amarelo Manga (2002), Cinema, Aspirinas e Urubus (2005), Baixio das Bestas (2006), Febre do Rato (2012), O Som ao Redor (2013), ou mesmo romances e comédias como O Auto da Compadecida (1999), Caramuru - A Invenção do Brasil (2001), Lisbela e o Prisioneiro (2003), A Máquina (2005), Fica Comigo Esta Noite (2006), entre muitas outras produções, alcançaram grande projeção. Realizadores como Cláudio Assis, Daniel Aragão, Kleber Mendonça Filho, Marcelo Gomes, Guel Arraes, Heitor Dhalia, Gabriel Mascaro, entre outros tantos cineastas oriundos do estado, atingiram notoriedade internacional.
Em Pernambuco há diversas emissoras de televisão. A TV Globo Nordeste, pertencente às Organizações Globo, tem sede em Olinda e concessão no Recife.
Pernambuco deu origem a nomes notórios do teatro, cinema e televisão, como Marco Nanini, Arlete Salles,

Chacrinha,
Hermila Guedes, Virgínia Cavendish, Guilherme Berenguer, Bruno Garcia, Patrícia França, Carmem Verônica, Arlindo Grund, Guel Arraes, João Falcão, Aguinaldo Silva,Armando Babaioff, Irandhir Santos, Anthero Montenegro, Tuca Andrada, Fabiana Karla, Rebecca da Costa, Lucy Ramos, Arnaud Rodrigues, Aramis Trindade, André Valli, Ilva Niño, Walter Breda, Gustavo Falcão, Giselle Tigre, Pedro Malta, Luiz Armando Queiroz, Lívia Falcão, Rayana Carvalho,Raquel Galvão, Edmílson Barros, Renato Góes, Katia Mesel, José de Anchieta, Lírio Ferreira, dentre outros tantos. Também nasceram em Pernambuco modelos de grande destaque internacional, como Arthur Sales, Emanuela de Paula, Isabella Melo, Rhaisa Batista, Kamila Hansen, Luana Mourato, entre outros.

Chacrinha,
Hermila Guedes, Virgínia Cavendish, Guilherme Berenguer, Bruno Garcia, Patrícia França, Carmem Verônica, Arlindo Grund, Guel Arraes, João Falcão, Aguinaldo Silva,Armando Babaioff, Irandhir Santos, Anthero Montenegro, Tuca Andrada, Fabiana Karla, Rebecca da Costa, Lucy Ramos, Arnaud Rodrigues, Aramis Trindade, André Valli, Ilva Niño, Walter Breda, Gustavo Falcão, Giselle Tigre, Pedro Malta, Luiz Armando Queiroz, Lívia Falcão, Rayana Carvalho,Raquel Galvão, Edmílson Barros, Renato Góes, Katia Mesel, José de Anchieta, Lírio Ferreira, dentre outros tantos. Também nasceram em Pernambuco modelos de grande destaque internacional, como Arthur Sales, Emanuela de Paula, Isabella Melo, Rhaisa Batista, Kamila Hansen, Luana Mourato, entre outros.
Museus e parques
O Museu da Cidade do Recife está instalado no Forte das Cinco Pontas, construído pelos holandeses no Recife em 1630, para defender a entrada da cidade e os poços de água potável existentes nas imediações. Dispõe de biblioteca especializada sobre o Recife Antigo.
O Museu de Arte Contemporânea de Pernambuco é um museu público estadual, localizado na cidade de Olinda.
O Museu do Estado de Pernambuco está localizado no Recife. Seu acervo inclui mobiliário, artes decorativas, documentos e livros históricos, joalheria e etnografia indígena.
O Parque 13 de Maio, localizado entre as ruas da Saudade, João Lira, Princesa Isabel e do Hospício, na Boa Vista, Recife, é a maior concentração de área verde da cidade, com pista de cooper, pequeno zoológico, parque infantil e vários monumentos.
O Parque de esculturas de Francisco Brennand, Situado no molhe do Bairro do Recife, de frente à Praça do Marco Zero, foi inaugurado em dezembro de 2000. O espaço foi criado em comemoração aos 500 anos do Descobrimento do Brasil, em realização ao projeto da Prefeitura do Recife "Eu vi o Mundo... Ele começava no Recife". O destaque do ambiente é a "Torre de Cristal", construída com 32 metros de altura, composta por argila e bronze.
Galeria Janete Costa, um dos equipamentos culturais do Parque Dona Lindu.
Festividades
O Carnaval do Recife é um carnaval multifacetado, com formas diferentes de carnaval de rua, desfiles de agremiações carnavalescas e apresentações de cantores e conjuntos musicais em palanques específicos. O Recife possui o maior bloco carnavalesco do mundo, o Galo da Madrugada, que se apresenta no sábado de carnaval, ou "Sábado de Zé Pereira". Em 2006 o Galo reuniu mais de um milhão e meio de pessoas, mais que a população do Recife, façanha que o incluiu no Livro Guiness de Recordes.

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O Carnaval de Olinda é conhecido mundialmente pelos desfiles dos Bonecos de Olinda, bonecos de mais de dois metros, coloridos e de fácil localização, que saem às ruas junto com os foliões. Em seus primórdios, a história do carnaval de Olinda confunde-se com a história da folia no Recife e em Pernambuco.


O São João de Caruaru é um dos mais famosos do Brasil. Tem diversos polos de animação, shows artísticos, apresentação de grupos folclóricos e regionais e culinária típica rica em canjica, pamonha, bolo de milho, pé de moleque e outras iguarias à base de milho. Na maior festa de São João do mundo, o público chega a 1,5 milhão de pessoas. Jornalistas de várias partes do mundo registram a festa, que está no Guinness Book, na categoria maior festa country (regional) ao ar livre do mundo.

(Caruaru a Capital do Forró)

(Caruaru a Capital do Forró)

Culinária
A cozinha pernambucana foi influenciada diretamente pelas culturas portuguesa, africana e indígena. Diversas receitas originais provenientes de outros continentes foram adaptadas com ingredientes encontrados com facilidade na região, resultando em combinações únicas de sabores, cores e aromas.
O bolo de rolo, um dos símbolos de Pernambuco. Outros doces criados no estado e considerados patrimônio imaterial são o bolo Souza Leão e a cartola. Há ainda o nego bom, doce pernambucano muito popular, também conhecido como "bala de banana".

A Tapioca do Alto da Sé de Olinda é considerada a mais tradicional do Brasil. A iguaria de origem indígena foi descoberta em Pernambuco, e se popularizou no Nordeste e Norte do país.
Pernambuco é o estado com o maior número de restaurantes estrelados pelo exigente Guia Quatro Rodas no Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sul brasileiro, e o quarto do Brasil, atrás somente de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. 16 estabelecimentos pernambucanos, que contam com chefs renomados e que vão da cozinha regional às cozinhas lusitana, italiana, francesa, japonesa e peruana, foram agraciados.

Recife é o terceiro polo gastronômico do Brasil, e Pernambuco o estado com o maior número de restaurantes estrelados pelo Guia Quatro Rodas no Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sul brasileiro.
Esportes
O esporte mais popular no estado de Pernambuco é o futebol.
Como ocorreu em outros estados brasileiros, o futebol em Pernambuco também foi introduzido por um brasileiro que estudou na Europa, no caso o pernambucano Guilherme de Aquino Fonseca.
Recife foi uma das 6 sedes da Copa do Mundo de 1950 (única do Norte-Nordeste). Na capital pernambucana ocorreu uma partida no Estádio da Ilha do Retiro entre Chile e Estados Unidos, com vitória dos chilenos por 5 a 2. Recife também será uma das sedes da Copa do Mundo FIFA de 2014.
O Campeonato Pernambucano de Futebol, um dos principais torneios estaduais do país, é disputado desde 1915, tendo como campeão sempre um time da capital.
Os três principais clubes pernambucanos estão entre os mais antigos e tradicionais do Brasil.
O Sport, em parceria com a Faculdade Maurício de Nassau, também participa de competições nacionais de voleibol e basquete.
Outros clubes esportivos importantes no estado são o América Pernambuco, com seis títulos estaduais de futebol, além de Central, Porto, Ypiranga, Salgueiro, Petrolina, Serra Talhada, Belo Jardim e Araripina no interior.
Os maiores times de Pernambuco possuem estádios próprios. O maior estádio construído é o Estádio do Arruda, pertencente ao Santa Cruz. Destaque ainda para a Ilha do Retiro, pertencente ao Sport, e para o Estádio dos Aflitos, que pertence ao Náutico. Um novo e moderno estádio está sendo construído em São Lourenço da Mata, na Região Metropolitana do Recife, para a Copa do Mundo de 2014. A Arena Pernambuco terá em seu entorno a Cidade da Copa, primeira cidade inteligente da América Latina, e seu mandante será o Clube Náutico Capibaribe.
Pernambuco deu origem a nomes de destaque do esporte brasileiro, como Vavá, Rivaldo, Juninho Pernambucano, Ricardo Rocha, Manga, Biro-Biro, Ademir Menezes, Almir Pernambuquinho, Manoel Tobias,Karol Meyer, Carlos Burle, Jaqueline Carvalho, Dani Lins, Pampa, Yane Marques, Beto Monteiro, Teliana Pereira, Joanna Maranhão, Keila Costa,Wagner Domingos, Luizomar de Moura, Guga Zloccowick, entre outros. Nelson Piquet, tricampeão mundial de Fórmula 1, é filho do casal pernambucano Estácio Gonçalves Souto Maior e Clotilde Piquet. O pai, médico e político, se mudou para o Rio de Janeiro (então capital do Brasil), onde nasceu o automobilista.

O Santa Cruz, segundo time pernambucano em número de torcedores, tem a maior média de público do Brasil e a 39ª do mundo. Manda os seus jogos no Estádio do Arruda (foto), maior estádio de Pernambuco.


(Time do Sport em 1987, quando foi campeão Brasileiro, contra o Flamengo)

Hino Oficial do Sport Club Do Recife
Com o Sport Eternamente estarei
Pois rubro-negras são
As cores que abracei
E o abraço, de tão forte,
Não tem separação
Pra mim, o meu Sport É religião
Pois rubro-negras são
As cores que abracei
E o abraço, de tão forte,
Não tem separação
Pra mim, o meu Sport É religião
A vida a gente vive
Pra vencer Sport, Sport
Uma razão para viver
Pra vencer Sport, Sport
Uma razão para viver
Treze de Maio,
Mil novecentos e cinco
Dia divino em que Guilherme de Aquino
Reune, no Recife, ardentes seguidores
Fundando esta nação de vencedores
Que encanta, enobrece e dá prazer
Sport, Sport
Uma razão para viver
Mil novecentos e cinco
Dia divino em que Guilherme de Aquino
Reune, no Recife, ardentes seguidores
Fundando esta nação de vencedores
Que encanta, enobrece e dá prazer
Sport, Sport
Uma razão para viver
Eterno símbolo de orgulho
É o pavilhão
De listras pretas e vermelhas,
Com o Leão
Erguendo, imponente, o imortal escudo
Mostrando à gente que o Sport é tudo
Que a vida tem de belo a oferecer
Sport, Sport Uma razão para viver
É o pavilhão
De listras pretas e vermelhas,
Com o Leão
Erguendo, imponente, o imortal escudo
Mostrando à gente que o Sport é tudo
Que a vida tem de belo a oferecer
Sport, Sport Uma razão para viver
São gerações e corações
Fazendo a história
São campeões e emoções
Tercendo a glória
Do bravo Leão da Ilha, Sport obsessão
Que faz bater mais forte o coração
Torcida mais fiel não pode haver
Sport, Sport Uma razão para viver
Sport! Sport! Sport
Fazendo a história
São campeões e emoções
Tercendo a glória
Do bravo Leão da Ilha, Sport obsessão
Que faz bater mais forte o coração
Torcida mais fiel não pode haver
Sport, Sport Uma razão para viver
Sport! Sport! Sport
Turismo
O turismo no estado de Pernambuco oferece diversas atrações históricas, naturais e culturais. As principais localidades turísticas do estado de Pernambuco são: Fernando de Noronha, Porto de Galinhas, Cabo de Santo Agostinho, Olinda, Recife, Igarassu, Itamaracá, Gravatá, Triunfo,Garanhuns e Caruaru.
O litoral é o principal atrativo. Milhões de turistas desembarcam todos os anos no aeroporto do Recife. Há alguns anos o estado vem investindo intensamente na melhora da infraestrutura e em projetos de interiorização do turismo, como no desenvolvimento do ecoturismo.
O litoral do estado de Pernambuco tem cerca de 187 km de extensão, entre praias e falésias, zonas urbanas e locais praticamente intocados.

Cine Teatro Guarany, em Triunfo.



Pico do Papagaio, em Triunfo, é o ponto mais alto de Pernambuco.


Município de Triunfo, "Oasis do Sertão". Poucos municípios têm o privilégio de reunir tantos atrativos, a começar pelo clima, que contradiz a aridez do sertão nordestino, com temperaturas oscilantes entre 8ºC no inverno e 28ºC no verão. Todos que visitam Triunfo têm uma verdadeira aula de arquitetura, história e cultura. Cidade de um povo hospitaleiro, rodeada de serras e vegetação sempre verde.

Porto de Galinhas foi eleita por 10 vezes consecutivas a Melhor Praia do Brasil – segundo a Revista Viagem e Turismo, da Editora Abril. Outra famosa praia localizada no município de Ipojuca é Muro Alto.






Cine Teatro Guarany, em Triunfo.



Pico do Papagaio, em Triunfo, é o ponto mais alto de Pernambuco.

Município de Triunfo, "Oasis do Sertão". Poucos municípios têm o privilégio de reunir tantos atrativos, a começar pelo clima, que contradiz a aridez do sertão nordestino, com temperaturas oscilantes entre 8ºC no inverno e 28ºC no verão. Todos que visitam Triunfo têm uma verdadeira aula de arquitetura, história e cultura. Cidade de um povo hospitaleiro, rodeada de serras e vegetação sempre verde.

Porto de Galinhas foi eleita por 10 vezes consecutivas a Melhor Praia do Brasil – segundo a Revista Viagem e Turismo, da Editora Abril. Outra famosa praia localizada no município de Ipojuca é Muro Alto.




Dia de Pernambuco
O Dia de Pernambuco foi instituído pelo governador Eduardo Campos e é comemorado no dia 6 de março. É considerado como um feriado facultativo para todo o estado.
Recife



Recife é um município e capital do estado de Pernambuco, no Brasil. Pertence à Mesorregião Metropolitana do Recife e à Microrregião de Recife. Com uma área de aproximadamente 217 km2, está localizado às margens do oceano Atlântico, e possui uma população de 1 546 516 pessoas. É sede da Região Metropolitana do Recife, a maior aglomeração urbana do Norte-Nordeste e quinta maior do Brasil, com 3,7 milhões de habitantes, além de terceira metrópole mais densamente habitada do país, superada apenas por São Paulo e Rio de Janeiro, e quarta maior rede urbana do Brasil em população.
Metrópole mais rica do Nordeste brasileiro em PIB PPC, Recife desempenha um forte papel centralizador em seu estado e região, abrigando grande número de sedes regionais e nacionais de instituições e empresas públicas e privadas, como o Comando Militar do Nordeste, a SUDENE, a Eletrobras Chesf, o TRF da 5ª Região, a Superintendência Regional Nordeste da Infraero, a TV Globo Nordeste, a Queiroz Galvão, entre outras, e com uma área de influência que abrange outras capitais, como João Pessoa, Maceió, Natal e Aracaju. O Grande Recife é classificado pelo IBGE como uma metrópole regional, e inclui, além da capital pernambucana, mais 13 cidades, concentrando 65 por cento do produto interno bruto estadual.
Recife foi eleita por pesquisa encomendada pela MasterCard Worldwide como uma das 65 cidades com economia mais desenvolvida dos mercados emergentes no mundo. Apenas cinco cidades brasileiras entraram na lista, tendo Recife recebido a quarta posição, após São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília e à frente de Curitiba.
Segundo a consultoria britânica PricewaterhouseCoopers, Recife será uma das 100 cidades mais ricas do mundo em 2020, à frente de cidades como Munique, Nápoles, Shenyang, Amsterdã, Salvador, Fortaleza e Curitiba.
A cidade destaca-se por possuir o maior parque tecnológico do Brasil, o Porto Digital; o maior número de consulados estrangeiros fora do eixo Rio-São Paulo, sendo inclusive a única cidade, com exceção de São Paulo e do Rio de Janeiro, que tem consulado dos Estados Unidos; o segundo maior polo médico do Brasil; o melhor aeroporto do Brasil, o Aeroporto Internacional do Recife; os dois maiores shopping centers do Brasil fora do estado de São Paulo, o RioMar Shopping e o Shopping Recife; o maior PIB per capita e o maior rendimento per capita entre as capitais da Região Nordeste; o nono maior número de arranha-céus das Américas, superada apenas por Nova Iorque, São Paulo, Rio de Janeiro, Toronto, Buenos Aires, Cidade do México, Chicago e Caracas; uma forte indústria de construção civil; e sua região metropolitana, o Complexo Industrial e Portuário de Suape, que abriga o melhor porto do Brasil, o maior estaleiro do Hemisfério Sul, entre outros empreendimentos.
Com um grande potencial turístico e forte vocação para o turismo de negócios, frequentemente é escolhida como sede de diversos eventos, como simpósios, jornadas e congressos: a Região Metropolitana do Recife foi o terceiro polo de eventos internacionais no Brasil em 2011, atrás somente de São Paulo e do Rio de Janeiro, graças ao desempenho do Recife e de Porto de Galinhas.




Praça do Marco Zero, Recife Antigo.

(Recife Antigo)

(Recife com a decoração do Carnaval 2013)

(Rua do Sol, Ponte Duarte Coelho)

(Praça do Marco Zero, no Recife Antigo)


(Recife Antigo)
Município do Recife
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"Veneza Brasileira"
"Mauritsstad", "Mauriceia", "Cidade Maurícia"
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A partir da esquerda: Marco Zero; Recife e suas pontes; Vista aérea do Bairro de Boa Viagem; Praia de Boa Viagem; Torre de Cristal; Rio Capibaribe; e o pôr do sol no Recife.
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Etimologia
O nome "Recife" provém da palavra "arrecife", grande barreira rochosa de arenito (recifes) que se estende por toda a sua costa, formando piscinas naturais.


Edifícios históricos no Bairro do Recife.
Clima
O clima do Recife é tropical atlântico, uma vez que o município está situado na fachada oriental nordestina que inclui as planícies litorâneas e as vertentes orientais dos planaltos, desde o Rio Grande do Norte até o sul da Bahia.
Vegetação
- Parque Dois Irmãos: O maior parque do município. Além de parque, é horto, jardim botânico e zoológico e reserva ambiental.
- Mata do Engenho Uchôa, na Zona Sul, refúgio de vida silvestre de 20 hectares, no nível estadual, e Área de Proteção Ambiental de 192 hectares, no municipal, situada na cidade do Recife, protegida por lei pelo Estado de Pernambuco (Lei Estadual nº 9.989/87). Dos 192 hectares, 60 são de manguezal, que pertencem à União. É considerada a mais abrangente unidade de conservação do Recife. É a única área em Pernambuco que possui os três biomas: mangue, restinga e Mata Atlântica.
- Mata de Dois Unidos, localizada no bairro de mesmo nome, é considerada uma área de preservação ambiental. Com uma área de 37,2 hectares, foi criada em 1987.
- Mata do Engenho São João, na Várzea, Zona Oeste da cidade. Está no entorno da oficina do escultor Francisco Brennand, antigo Engenho São João,que deu nome à floresta.
Além disso, várias áreas do município são de manguezal. As principais encontram-se próximas ao Rio Capibaribe, na Zona Sul e na fronteira com Olinda.
Hidrografia
O Recife é conhecido como "Veneza Brasileira" graças à semelhança fluvial com a cidade europeia de Veneza. Cercado por rios e cortado por pontes, é cheio de ilhas e mangues. Ali acontece o encontro dos rios Beberibe e Capibaribe que deságuam no Oceano Atlântico.
O município conta com dezenas de pontes, entre elas a mais antiga do Brasil, a ponte Maurício de Nassau.
Região Metropolitana do Recife
A Região Metropolitana do Recife foi criada no dia 8 de junho de 1973. Atualmente é constituída por 14 municípios: Recife, Jaboatão dos Guararapes, Olinda, Paulista, Igarassu, Abreu e Lima,Camaragibe, Cabo de Santo Agostinho, São Lourenço da Mata, Araçoiaba, Ilha de Itamaracá, Ipojuca, Moreno e Itapissuma.
A metrópole pernambucana apresenta-se como a mais populosa da Região Nordeste e a quinta maior do Brasil, além de ser a terceira mais densamente habitada do país, superada apenas por São Paulo e Rio de Janeiro.
Recife é o segundo maior polo médico do Brasil. Na foto, hospitais na Avenida Agamenon Magalhães, Zona Norte.

Memorial da Medicina de Pernambuco. O médico pernambucano Correia Picanço, "Patriarca da Medicina Brasileira", fez, no Recife, a primeira operação cesariana do Brasil.


O Porto do Recife está na rota de transatlânticos nacionais e internacionais.
Comunicação
Recife possui três grandes jornais: o Jornal do Commercio, líder em circulação de exemplares no Norte/Nordeste, que faz parte do Sistema Jornal de Commercio de Comunicação, pertencente ao Grupo JCPM; o Diario de Pernambuco, o jornal mais antigo em circulação na América Latina, faz parte do grupo Diários Associados, fundado pelo empreendedor Assis Chateubriand; e a Folha de Pernambuco, fundado em 3 de Abril de 1998, pertencente ao grupo Empresarial EQM, do empresário Eduardo de Queiroz Monteiro.
Possui diversas emissoras de rádio, algumas delas de difusão nacional, como a Nova Brasil FM, a Rádio Transamérica e a Jovem Pan. Outras emissoras de rádio são: CBN Recife, Rádio Jornal, Rádio Clube, Recife FM, entre outras.
A metrópole possui várias emissoras de televisão aberta: Rede Globo Nordeste (única emissora própria da Rede Globo no Norte-Nordeste), Rádio Jornal, afiliada do SBT; TV Clube, afiliada da Rede Record; a Rede TV Recife, filial da emissora paulista; TV Tribuna, afiliada da Rede Bandeirantes; TV Universitária, afiliada da TV Brasil; TV Recife, afiliada da MTV Brasil e a TV Estação.
Avenida Beira Rio, Zona Norte.

Bairro do Pina, Zona Sul.


Vista aérea de bairros das Zonas Norte, Noroeste e Oeste do Recife.
O Recife atrai turistas de todo o mundo. Destacam-se entre os motivos desta atração as manifestações culturais como o Carnaval e o São João. O Recife é o portão de entrada do litoral de Pernambuco de onde partem os turistas que chegam de avião.
O Recife é um município multicultural, com músicas e danças de origem africana, indígena e brasileira em seu carnaval. O bairro do Recife é o principal conjunto arquitetônico e cultural do município, abrigando galerias, museus e outros espaços culturais.
A cidade abriga a maior agremiação carnavalesca do mundo - o Galo da Madrugada, no qual se estima que participem dois milhões de pessoas (mais que a população do município) vindas de várias partes do Brasil e do mundo.
Num passeio de barco é possível conhecer o Parque das Esculturas de Francisco Brennand. Existe, também, o museu do Instituto Ricardo Brennand.
O litoral do município é completamente urbanizado, com as praias de Boa Viagem, Pina e Brasília Teimosa.
Recife tem o maior número de consulados estrangeiros fora do eixo Rio-São Paulo, sendo inclusive a única cidade, com exceção de São Paulo e do Rio de Janeiro, que tem consulado dos Estados Unidos.
Olinda












Olinda é um município do estado de Pernambuco, no Brasil. Está localizado na Região Metropolitana do Recife. Possui uma população de 375 559 habitantes. É uma das mais bem preservadas cidades coloniais do Brasil. Foi a segunda cidade brasileira a ser declarada Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, em 1982, após Ouro Preto.

Município de Olinda | |||||
Em primeiro plano, o Centro Histórico de Olinda | |||||
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Etimologia
Um mito popular diz que o nome "Olinda" teria a sua origem numa suposta exclamação do fidalgo português Duarte Coelho, primeiro donatário da Capitania de Pernambuco – "Oh, linda situação para se construir uma vila!".
Economia
Olinda é um município essencialmente habitacional, comercial e turístico. Pode-se dizer que é uma "semi cidade dormitório" em relação à vizinha capital pernambucana, Recife. Os habitantes são majoritariamente de classe média e de classe baixa, com exceção da Cidade Alta, considerada Patrimônio da Humanidade.
Cultura





Além de sua beleza natural, Olinda é também um dos mais importantes centros culturais do Brasil. Foi declarada, em 1982, Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura.
Em 2005, Olinda foi eleita a primeira Capital Brasileira da Cultura no ano de 2006.
Foi a primeira vez que o Brasil elegeu uma capital cultural.
Olinda revive o esplendor de seu passado todos os anos durante o Carnaval de Olinda, ao som do frevo, do maracatu e outros ritmos originais de Pernambuco. Há "bonecos gigantes", nos quais cabe um homem apenas em suas pernas para ampará-lo; e blocos carnavalescos (com temáticas variadas, de grupos variados, geralmente acompanhados de orquestras de frevo, e/ou grupos de maracatus).
Também são símbolos culturais da cidade a comida típica tapioca e o farol de Olinda.
Cometa Olinda
Em 1860, o astrônomo francês Emmanuel Liais descobriu, no Observatório do Alto da Sé, o primeiro cometa relatado a partir de observações na América Latina e o único descoberto no Brasil, que recebeu a denominação de cometa Olinda.


Carnaval


Recife

(Corso Carnavalesco)


Recife
O carnaval do Recife é um carnaval multifacetado, com formas diferentes de carnaval de rua, desfiles de agremiações carnavalescas e apresentações de cantores e conjuntos musicais em palanques específicos.
O Recife possui o maior bloco carnavalesco do mundo, o Galo da Madrugada, que se apresenta no sábado de carnaval, ou Sábado de Zé Pereira.



Em fins do Século XVII havia organizações, denominadas Companhias, que se reuniam para comemorar a Festa de Reis. Essas companhias eram constituídas em sua maioria de pessoas de raça negra, escravos ou não, que suspendiam seus trabalhos e comemoravam o dia dos Santos Reis.
No Século XVIII apareceu o Maracatu Nação, chamado Maracatu de baque virado, que encenava a coroação do Rei Negro, o Rei do Congo. A coroação era realizada na Igreja de Nossa Senhora do Rosário (Igreja do Rosário dos Pretos).
Com a abolição da escravatura, começaram a aparecer agremiações carnavalescas baseadas nos maracatus e nos festejos dos Reis Magos.
O primeiro clube carnavalesco de que se tem notícia foi o Clube dos Caiadores, criado por Antônio Valente. Os participantes do clube compareciam à Matriz de São José, no bairro de São José, executando marchas. Seus participantes, levando nas mãos baldes, latas de tinta, escadinhas e varas com pincéis, subiam os degraus da igreja e a caiavam (pintavam), simbolicamente.
No Século XX o Recife já dispunha de diversas sociedades carnavalescas e recreativas, entre elas dois clubes (ainda hoje existentes): o Clube Internacional do Recife e o Clube Português do Recife, inicialmente denominado Tuna Portuguesa, além da Recreativa Juventude.
O carnaval de rua realizava-se nas ruas da Concórdia, Imperatriz e Nova, com desfiles de mascarados (os papangus e as máscaras de fronha).
Corso

(Corso Carnavalesco)
O advento do automóvel trouxe um desfile diferente: o corso. Inicialmente composto por carros puxados a cavalo, depois os de tração a motor, os quais saiam do principal clube da cidade na época.
Os veículos eram ornamentados e os rapazes e moças desfilavam cantando marchas da época, acompanhados de fanfarras.
Inicialmente os participantes usavam jetons e laranja de cheiro, pequenos recipientes contendo água perfumada, que era jogada nos outros participantes. Depois, foram sendo utilizados água e talco.
O desfile, pelas principais ruas do centro do Recife, era composto por veículos em sua maioria abertos, com predominância de caminhonetes, caminhões e Jeeps sem capota. Era realizado nas noites da semana pré-carnavalesca e nos dias de carnaval, durante o dia.
Desfiles de clubes

Os clubes carnavalescos, as escolas de samba, os maracatus, caboclinhos e ursos desfilavam pelas ruas do Recife, e se apresentavam frente a comissões julgadoras que surgiram graças aos cidadãos da cidades. As troças tem tradição de comportar maior parte dos turistas.
Escolas de samba
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Nos anos 30, surgiam as batucadas no Recife, que seriam as antecessoras das escolas de samba pernambucanas. Depois que viram o desfile das "duvidosas", formadas por marinheiros de um navio carioca que aportou no Recife, em 1945, após a segunda guerra mundial, foi que as batucadas começaram a se organizar, sendo os primeiros concursos oficiais de escolas de samba organizados a partir dos anos 50. Inicialmente os concursos eram organizados pela Federação Carnavalesca de Pernambuco, e posteriormente pela UNESPE.
As principais escolas de samba dessa época eram Gigante do Samba, Limonil, Império do Asfalto, a Dois de Julho, a Quatro de Outubro. No início, havia apenas uma divisão do samba recifense, onde desfilavam Gigante, Estudantes de São José, Limonil, Quatro de Outubro, Dois de Julho e Labariri. Com a criação de novas escolas foi criado o Grupo 2. Não havia ascensão e rebaixamento. Com a mudança de nome da UNESPE para FESAPE, foram criadas outras divisões: Grupo 3 e Grupo Aspirante.
Carnaval atual
Desaparecido o corso, na década de 1980, e com a desativação gradual dos desfiles dos clubes em passarelas nas ruas, esse desfile foi descentralizado, sendo criados focos de animação nos bairros do Recife.
Os clubes carnavalescos foram sendo reduzidos (em número e em participação), enquanto foram aparecendo outros grupos, com novas características: o Galo da Madrugada, o Bloco da Parceria, que se apresentavam em data determinada.
A revitalização do bairro do Recife Antigo trouxe novamente o carnaval de rua participativo, acompanhado de apresentações de agremiações e de cantores.
Há atualmente o chamado Carnaval Multicultural, organizado pela prefeitura, que conta com disputas em diversas categorias de agremiações carnavalescas. Considerado como o carnaval mais democrático do mundo, onde os foliões não precisam pagar para brincar; é apenas ter vontade, alegria e muita disposição para se divertir nos dias de carnaval.
As escolas de samba desfilam no bairro São José, sendo que para o Grupo Especial 2009 estão inicialmente previstas Gigante, Galeria do Ritmo, Deixa-Falar, Imperadores do Samba e Unidos de São Carlos. A tradicional Crianças e Adolescentes virá compondo o grupo 1.
Olinda
O Carnaval de Olinda, em Pernambuco, é reconhecido mundialmente pelos desfiles dos Bonecos de Olinda, bonecos de mais de dois metros, coloridos e de fácil localização, que saem às ruas junto com os foliões.
Reúne mais de um milhão de pessoas, durante o evento, com participação de mais de 500 grupos carnavalescos.
Homem da meia-noite, uma das maiores atrações do Carnaval de Olinda.
Agremiações de Olinda
Em Olinda, cidade vizinha, não há concursos, portanto, as agremiações dessa cidade costumam se inscrever no Recife. Elas (clubes de frevo) se apresentavam no Recife como convidadas especiais, a exemplo da Troça Pitombeira dos Quatro Cantos; do Clube Elefante de Olinda; Clube Lenhadores; Clube Vassourinhas, Clube Marim dos Caetés. Olinda é uma cidade tipicamente de agremiações carnavalescas de frevo. A escolas de samba (existem poucas) não possuem tradição. Pode-se citar como escolas de samba de Olinda que participaram do carnaval de Recife a Escola de Samba do Zé e a Oriente.
Para 2009, apenas, a Preto Velho participou. Talvez a mais tradicional de todas, Marrom e Branco, não desfila mais, e nunca concorreu no Recife.
Frevo




O frevo é um ritmo musical e uma dança brasileira com origem no estado de Pernambuco, misturando marcha, maxixe e elementos da capoeira. Foi declarado Patrimônio Imaterial da Humanidade pela UNESCO.
Ritmo
Surgido na cidade do Recife no fim do século XIX, o frevo caracteriza-se pelo ritmo extremamente acelerado. Muito executado durante o carnaval, eram comuns conflitos entre blocos de frevo, em que saíam à frente dos seus blocos para intimidar blocos rivais e proteger seu estandarte.
Pode-se afirmar que o frevo é uma criação de compositores de música ligeira, feita para o carnaval. Os músicos pensavam em dar ao povo mais animação nos folguedos. No decorrer do tempo, o frevo ganhou características próprias.
Dança

Da junção da capoeira com o ritmo do frevo nasceu o passo, a dança do frevo.
Até as sombrinhas coloridas seriam uma estilização das utilizadas inicialmente como armas de defesa dos passistas que remetem diretamente a luta, resistência e camuflagem, herdada da capoeira e dos capoeiristas, que faziam uso de porretes ou cabos de velhos guarda-chuvas como arma contra grupos rivais. Foi da necessidade de imposição e do nacionalismo exacerbado no período das revoluções Pernambucanas que foi dada a representação da vontade de independência e da luta na dança do frevo.
A dança do frevo pode ser de duas formas: quando a multidão dança, ou quando passistas realizam os passos mais difíceis, de forma acrobática durante o percurso. O frevo possui mais de 120 passos catalogados.
Origem da palavra
A palavra frevo vem de ferver, por corruptela, frever, que passou a designar: efervescência, agitação, confusão, rebuliço; apertão nas reuniões de grande massa popular no seu vai-e-vem em direções opostas, como o Carnaval, de acordo com o Vocabulário Pernambucano, de Pereira da Costa.
Instrumento e letra
De instrumental, o gênero ganhou letra no frevo-canção e saiu do âmbito pernambucano para tomar o resto do Brasil. Basta dizer que O teu cabelo não nega, de 1932, considerada a composição que fixou o estilo da marchinha carnavalesca carioca, é uma adaptação do compositor Lamartine Babo do frevo Mulata, dos pernambucanos Irmãos Valença.
A primeira gravação com o nome do gênero foi o Frevo Pernambucano (Luperce Miranda/Oswaldo Santiago) lançada por Francisco Alves no final de 1930. Um ano depois, Vamo se Acabá, de Nelson Ferreira pela Orquestra Guanabara recebia a classificação de frevo.
Dois anos antes, ainda com o codinome de "marcha nortista", saía do forno o pioneiro Não Puxa Maroca (Nelson Ferreira) pela orquestra Victor Brasileira comandada por Pixinguinha.
Ases da era de ouro do rádio como Almirante (numa adaptação do clássico Vassourinhas), Mário Reis (É de Amargar, de Capiba), Carlos Galhardo (Morena da Sapucaia, O Teu Lencinho,Vamos Cair no Frevo), Linda Batista (Criado com Vó), Nelson Gonçalves (Quando é Noite de Lua), Cyro Monteiro (Linda Flor da Madrugada), Dircinha Batista (Não é Vantagem), Gilberto Alves(Não Sou Eu Que Caio Lá, Não Faltava Mais Nada, Feitiço), Carmélia Alves (É de Maroca) incorporaram frevos a seus repertórios.
Em 1950, inspirados na energia do frevo pernambucano, a bordo de uma pequena fubica, dedilhando um cepo de madeira eletrificado, os músicos Dodô & Osmar fincavam as bases do trio elétrico baiano que se tornaria conhecido em todo o país a partir de 1969, quando Caetano Veloso documentou o fenômeno em seu Atrás do Trio Elétrico.
O frevo no carnaval
Em 1957, o frevo Evocação nº 1, de Nelson Ferreira, gravado pelo bloco Batutas de São José (o chamado frevo de bloco) invadiria o carnaval carioca derrotando a marchinha e o samba. O lançamento era da gravadora local, Mocambo, que se destacaria no registro de inúmeros frevos e em especial a obra de seus dois maiores compositores, Nelson (Heráclito Alves) Ferreira (1902-1976) e Capiba. Além de prosseguir até o número 7 da série Evocação, Nelson Ferreira teve êxitos como o frevo Veneza Brasileira, gravado pela sambista Aracy de Almeida e outros como No Passo, Carnaval da Vitória, Dedé, O Dia Vem Raiando, Borboleta Não É Ave, Frevo da Saudade. A exemplo de Nelson, Capiba também teve sucessos em outros estilos como a clássica valsa canção Maria Bethânia gravada por Nelson Gonçalves em 1943, que inspiraria o nome da cantora. Depois do referido É de Amargar, de 1934, primeiro lugar no concurso do Diario de Pernambuco, Capiba emplacou Manda Embora Essa Tristeza (Aracy de Almeida, 1936), e vários outros frevos que seriam regravados pelas gerações seguintes como De Chapéu de Sol Aberto, Tenho uma Coisa pra lhe Dizer, Quem Vai pro Farol é o Bonde de Olinda, Linda Flor da Madrugada, A pisada é essa, Gosto de Te Ver Cantando.
Cantores como Claudionor Germano e Expedito Baracho se transformariam em especialistas no ramo. Um dos principais autores do samba-canção de fossa, Antônio Maria (Araújo de Morais, 1921-1964) não negou suas origens pernambucanas na série de frevos (do número 1 ao 3) que dedicou ao Recife natal. O gênero esfuziante sensibilizou mesmo a intimista bossa nova. De Tom Jobim e Vinicius de Moraes (Frevo) a Marcos e Paulo Sérgio Valle (Pelas Ruas do Recife) e Edu Lobo (No Cordão da Saideira) todos investiram no (com)passo acelerado que também contagiou Gilberto Gil a munir de guitarras seu Frevo Rasgado em plena erupção tropicalista.
A baiana Gal Costa misturou frevo, dobrado e tintura funk (do arranjador Lincoln Olivetti) num de seus maiores sucessos, Festa do Interior (Moraes Moreira/Abel Silva) e a safra nordestina posterior não deixou a sombrinha cair. O pernambucano Carlos Fernando, autor do explosivo Banho de Cheiro, sucesso da paraibana Elba Ramalho, organizou uma série de discos intitulada Asas da América a partir do começo dos 1980.
O levante de Vassourinhas
Quando as primeiras notas de Vassourinhas são executadas no carnaval pernambucano, a multidão ergue os braços e grita junto e dança freneticamente.
A importância do Galo da Madrugada na preservação do frevo

O Galo da Madrugada é um bloco carnavalesco que preserva as tradições locais. Eles tocam ritmos pernambucanos e desfilam sem cordões de isolamento. O desfile do galo da madrugada é um dos momentos para se ouvir e se dançar frevo no carnaval.
Os novos intérpretes do Frevo de Pernambuco
No Galo da Madrugada os foliões também têm a oportunidade de conhecer novos intérpretes de Frevo de Pernambuco como: Spok Frevo Orquestra, Alceu Valença, Claudionor Germano, Gustavo Travassos, Almir Rouche, Nena Queiroga, André Rio, entre muitos outros que fazem a voz do frevo contemporâneo acontecer nas Ruas do Recife.
Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade

Em cerimônia realizada na cidade de Paris, França, no ano de 2012, a UNESCO anuncia que, aprovado com unanimidade pelos votantes, o frevo foi eleito Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade.

Frevo-de-rua

Nos anos de 1930, com a popularização do ritmo pelas gravações em disco e sua transmissão pelos programas do rádio, convencionou-se a definir o frevo como "frevo de rua", quando puramente instrumental.
E ainda há subdivisões a partir do frevo de rua:
- "frevo de abafo", em que predominam as notas longas tocadas pelos metais, com a finalidade de abafar o som da orquestra rival;
- " frevo-coqueiro", uma variante do primeiro, formado por notas curtas e andamento rápido, onde os metais (geralmente trompetes e trombones) são mais valorizados, porque atingem notas mais altas, por isso a denominação, coqueiro;
- "frevo-ventania", de uma linha melódica bem movimentada, onde as palhetas (saxofones, geralmente) tem mais destaque na execução da música;
- " frevo de salão", um misto dos três outros tipos que, como o nome já diz, é próprio para o ambiente dos salões.
Frevo-canção
O frevo-canção, tem uma introdução orquestral e andamento melódico, típico dos frevos-de-rua. É seqüenciado por uma introdução forte de frevo, seguida de uma canção, concluindo novamente com frevo.
São vários os seus intérpretes, sendo os mais conhecidos Alceu Valença e Claudionor Germano. Entre os compositores de frevo-canção destacam-se Capiba, Nelson Ferreira, J. Michilles, Alceu Valença.
Frevo-de-bloco

Frevo-de-bloco é um frevo executado por orquestra de pau e cordas (geralmente composta por violões, cavaquinhos, banjos, bandolins, violinos, além de instrumento de sopro e percussão). É chamado pelos compositores mais tradicionais de "marcha-de-bloco". O frevo-de-bloco é a música das agremiações tradicionalmente denominadas “blocos carnavalescos mistos”. Seu aparecimento no carnaval de Pernambuco faz alusão a um dado histórico e sociológico: o início da efetiva participação da mulher, principalmente da classe média, na folia de rua do Recife, nas primeiras décadas do século XX. Há uma tendência atualmente de se adotar a denominação “blocos carnavalescos líricos”, que foi inscrita pela primeira vez no flabelo do bloco Cordas e Retalhos, fundado em 1998. Segundo Leonardo Dantas, no frevo de bloco está “a melhor parte da poesia do carnaval pernambucano” (1998:32). Entre os compositores de frevo-de-bloco mais importantes estão os irmãos Raul Moraes (1891-1937) e Edgard Moraes (1904-1973), João Santiago (1928-1985), Luiz Faustino (1916-1984), Romero Amorim (1937-), Bráulio de Castro (1942-), Fátima de Castro, Cláudio Almeida (1950-) e Getúlio Cavalcanti (1942-)
Maracatu

Maracatu é um ritmo musical, conhecido como Baque virado, utilizado pelo Maracatu Nação.
É caracterizado principalmente pela percussão forte, em ritmo frenético, que teve origem nas congadas, cerimônias de coroação dos reis e rainhas da Nação negra.
A percussão é baseada em tambores grandes, chamados alfaias (pulso do Maracatu), acompanhados de caixas, taróis, ganzás e um gonguê.
Maracatu Nação
Maracatu é uma manifestação cultural da música folclórica pernambucana afro-brasileira. É formada por uma percussão que acompanha um cortejo real. Como a maioria das manifestações populares do Brasil, é uma mistura das culturas indígena, africana e européia. Surgiu em meados do século XVIII.
Maracatu
Os Maracatus mais antigos do Carnaval do Recife, também conhecidos como Maracatu de Baque Virado ou Maracatu Nação, nasceram da tradição do Rei do Congo, . A notícia mais remota até há pouco conhecida sobre a instituição do Rei do Congo, em Pernambuco, data de 1711, em Olinda, e fala de uma instituição que compreendia um setor administrativo e outra, festivo, com teatro, música e dança. A parte falada foi sendo eliminada lentamente, resultando em música e dança próprias para homenagear a coroação do rei Congo.
No livro de Cezar Guerra Peixe chamado "Maracatus do Recife" publicado em 1955 diz que "A mais antiga notícia certa do nosso conhecimento é a do Padre Lino do Monte Carmelo Luna, que aponta o Maracatu em 1867, segundo uma transcrição de René Ribeiro."
Antes disso não há publicações conhecidas a cerca do Maracatu em si, apenas registros sobre as Coroações dos Reis Congo cuja referência mais antiga data de 1674.
Parece que a palavra "maracatu" primeiro designou um instrumento de percussão e, só depois, a dança realizada ao som desse instrumento. Os cronistas portugueses chamavam aos "infiéis" de nação, nome que acabou sendo assumido pelo colonizado. Os próprios negros passaram a autodenominar de nações a seus agrupamentos tribais.e seus antepassados nos seus estandartes escrevem CCMM (Clube Carnavalesco Misto Maracatu).
Constituição
Do Maracatu Nação participam entre 30 e 50 figuras. Entre elas estão o Porta-estandarte, trajado à Luís XV (como nos clubes de frevo), que conduz o estandarte. Atrás, vêm as Damas do Paço, no máximo duas, e que carregam as Calungas, que são bonecas de origem religiosa, que simbolizam uma rainha morta.
A dança executada com as Calungas tem caráter religioso e é obrigatória na porta das Igrejas, representando um "agrado" a Nossa Senhora do Rosário e a São Benedito. Quando o Maracatu visita um terreiro, homenageia os Orixás.
Depois das Damas do Paço segue a corte: Duque e Duquesa, Príncipe e Princesa, um Embaixador (nos Maracatus mais pobres o Porta-estandarte vale como Embaixador).
A corte abre alas para o Rei e a Rainha, que trazem coroas douradas e vestem mantos de veludo bordados e enfeitados com arminho. Nas mãos trazem pequenas espadas e cetros reais. O Rei é coberto por um grande pálio encimado por uma esfera ou uma lua, transportado pelo Escravo que o gira entre suas mãos, lembrando o movimento da Terra. O uso deste tipo de guarda-sol é costume árabe, ainda hoje presente em certas regiões africanas.
Alguns Maracatus incluem nesse trecho do cortejo também meninos lanceiros e a figura do Caboclo de Pena, que representa o indígena brasileiro e tem coreografia complicadíssima.
A orquestra do Maracatu Nação é composta apenas por instrumentos de percussão: vários tambores grandes (alfaias), caixas e taróis, ganzás e um gonguê (metalofone de uma ou duas campânulas, percutidas por uma vareta de metal). Hoje em dia, se usa os agbes ou xequerês (instrumento confeccionado com uma cabaça e uma saia de contas). O Mestre de Toadas "puxa" os cantos, e o coro responde. As baianas têm a responsabilidade de cantar, outras vezes, são os caboclos, mas todos os dançarinos também podem participar.
Este Maracatu mais tradicional é chamado de Baque Virado porque este termo é sinônimo de um dos "toques" característicos do cortejo.
Os Maracatus de Baque Virado sempre começam em ritmo compassado, que depois se acelera, embora jamais alcance um andamento muito rápido. Antes de se ouvir a corneta ou o clarim, que precedem o estandarte da Nação, é a zoada do "baque" que anuncia, ao longe, a chegada do Maracatu.
Cortejo

Os cortejos de maracatu são uma tentativa de refletir as antigas cortes africanas, que ao serem conquistados e vendidos como escravos trouxeram suas raízes e mantiveram seus títulos de nobreza, para o Brasil.
As personagens que compõem o cortejo são os seguintes:
- Porta-estandarte, que leva o estandarte; este contém, basicamente, o nome da agremiação, uma figura que o represente e o ano que foi criada.
- Dama do paço, mulher que leva em uma das mãos a CALUNGA (boneca de madeira, ricamente vestida e que simboliza uma entidade ou rainha já morta).
- Rei e rainha, as figuras mais importantes do cortejo, e é por sua coroação que tudo é feito.
- Vassalo, um escravo que leva o PALIO(guarda-sol que protege os reis).
- Figuras da corte: príncipes, ministros, embaixadores, etc.
- Damas da corte, senhoras ricas que não possuem título nobiliárquicos.
- Yabás, mais conhecidas como baianas, que são escravas.
- Batuqueiros, que animam o cortejo, tocando vários instrumentos, como caixas de guerra, alfaias (tambores), gonguê, xequerês, maracás, etc.
Bloco de maracatu em Olinda
Maracatu Rural
Maracatu Rural é uma manifestação cultural da música folclórica pernambucana no qual figuram os conhecidos caboclos de lança. É conhecido também por Maracatu de Baque Solto. Distingue-se do Maracatu Nação ou Maracatu de Baque Virado, em organização, personagens e ritmo.
O Maracatu Rural significa para seus integrantes algo a mais que uma brincadeira: é uma herança secular, motivo de muito orgulho e admiração. É formado por pessoas simples, principalmente por trabalhadores rurais que com as mesmas mãos que cortam cana, lavram a terra e carregam peso, também bordam golas de caboclo, cortam fantasias, enfeitam guiadas, relhos e chapéus; dedicando-se ao bem mais valioso que possuem: a cultura.
O cortejo do Maracatu Rural diferencia-se dos outros maracatus por suas características musicais próprias e pela essência de sua origem refletida no sincretismo de seus personagens. A orquestra é formada por instrumentos de percussão e sopro transmitindo sonoras simbologias.
Uma apresentação deste se constitui em um ritual magnífico. É todo um conjunto espetacular de criatividade e beleza, que forma uma representação simbólica notável, deixando todos encantados.

O Maracatu Rural mais antigo é o Cambinda Brasileira. O grupo foi fundado em 1918 e a sede permanece no mesmo lugar, no Engenho do Cumbe, Nazaré da Mata, Zona da Mata de Pernambuco.

Os personagens do Maracatu Rural são:
- Caboclos de lança (ícones do Carnaval de Pernambuco, junto com os passistas de frevo)
- Catirina
- Mateus
- Catita
- Reis e Rainhas

Forró pé-de-serra
Dizem os estudiosos, que foi Manuel Queirós e Xerém os autores do primeiro forró que se tem conhecimento na música brasileira. Foi em 1937, com a gravação fonográfica de "Forró na roça".


Origem do termo "forró"
Na etimologia popular é freqüente associar a origem da palavra forró à expressão da língua inglesa for all ("para todos"). Para essa versão, foi construída, no início do século XX, a ferrovia Great Western. Os engenheiros britânicos, instalados em Pernambuco, promoviam bailes abertos ao público, ou seja for all. Assim, for all passaria a ser, no vocabulário brasileiro, forró.Outra versão da mesma história substitui os ingleses pelos estadunidenses e Pernambuco do início do século XX pela Natal do período da Segunda Guerra Mundial, quando uma base militar dos Estados Unidos foi instalada na cidade.
Verdade ou não, o certo é que o termo forró passou a caracterizar uma das maiores manifestações musicais do Nordeste brasileiro. Um ritmo que aglutina diversos outros ritmos, como o baião, o coco, o rojão, a quadrilha, o xaxado e o xote.
Há estudos linguísticos que comprovam, entretanto, que o termo forró deriva de forrobodó. Essa é a expressão original mais aceita, ficando a influência do inglês 'for all' questionada. Na época da construção das ferrovias usava-se o termo samba para designar festa, no Interior do Ceará. A denominação forró como ritmo musical e estilo de dança surge mais tarde.
Forró

O termo "forró", segundo o filólogo pernambucano Evanildo Bechara é uma variante do antigo galego-português forbodó, relacionando o termo afarbodão, do francês faux-bourdon, que teria a conotação de desentoação. O elo semântico entre fabordão e forrobodó tem origem, segundo Fermín Bouza-Brey, na região noroeste da Península Ibérica (Galiza e norte de Portugal), onde "a gente dança a golpe de bumbo, com pontos monorrítmicos monótonos desse baile que se chama forbodo".
Na etimologia popular (ou pseudoetimologia) é frequente associar a origem da palavra "forró" à expressão da língua inglesa for all (para todos). Para essa versão foi construída uma engenhosa história: no início do século XX, os engenheiros britânicos, instalados em Pernambuco para construir a ferrovia Great Western, promoviam bailes abertos ao público, ou seja for all. Assim, o termo passaria a ser pronunciado "forró" pelos nordestinos. Outra versão da mesma história substitui os ingleses pelos estadunidenses e Pernambuco por Natal (Rio Grande do Norte) do período da Segunda Guerra Mundial, quando uma base militar dos Estados Unidos foi instalada nessa cidade.
Apesar da versão bem-humorada, não há nenhuma sustentação para tal etimologia do termo, pois em 1937, cinco anos antes da instalação da referida base, a palavra "forró" já se encontrava registrada na história musical na gravação fonográfica de “Forró na roça”, canção composta por Manuel Queirós e Xerém.

Forró é um ritmo e dança típicos da Região Nordeste do Brasil praticada nas festas juninas e outros eventos. Diante a imprecisão do termo, não existe consenso quanto a definição musical do forró como estilo musical, sendo geralmente associado o nome como uma generalização de vários ritmos musicais daquela região,como baião, a quadrilha, o xaxado, que tem influências holandesas e o xote, que veio de Portugal. São tocados, tradicionalmente, por trios, compostos de um sanfoneiro (tocador de acordeão, que no forró é tradicionalmente a sanfona de oito baixos), um zabumbeiro e um tocador de triângulo. Também é chamado arrasta-pé, bate-chinela, fobó.


O forró possui semelhanças com o toré e o arrastar dos pés dos índios, com os ritmos binários portugueses e holandeses, porque são ritmos de origem europeia a chula, denominada pelos nordestinos simplesmente "forró", xote e variedades de polcas europeias que são chamadas pelos nordestinos de arrasta-pé e ou quadrilhas. A dança do forró tem influência direta das danças de salão europeias, como evidencia nossa história de colonização e invasões europeias.


Além do forró tradicional, denominado pé-de-serra, existe outras variações, tais como o forró eletrônico, vertente estilizada e pós-modernizada do forró surgida no início da década de 90 que utiliza elementos eletrônicos em sua execução, como a bateria, o teclado, o contrabaixo e a guitarra elétrica; e o forró universitário, surgido na capital paulista no final da década de 90, que é uma especie de revitalização do forró tradicional, que eventualmente acrescenta contrabaixo e violão aos instrumentos tradicionais, sendo a principal característica os três passos básicos, sendo um deles o "2 para lá 2 para cá", que veio da polca.
Conhecido e praticado em todo o Brasil, o forró é especialmente popular nas cidades brasileiras de Campina Grande, Caruaru, Mossoró e Juazeiro do Norte, onde estas sediam as maiores Festa de São João do país. Já nas capitais Aracaju, Fortaleza, João Pessoa, Natal, Maceió,Recife, e Teresina, é tradicional as festas e apresentações de bandas de forró em eventos privados que atraem especialmente os jovens.
Forró | |
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Escultura em barro pintado de um sanfoneiro, um dos músicos que integram as bandas de forró. Caruaru,Pernambuco. |
Histórico
Os bailes populares eram conhecidos em Pernambuco por "forrobodó" ou "forrobodança" ou ainda "forrobodão" (nomes dos quais deriva "forró") já em fins do século XIX.
O forró tornou-se um fenômeno pop em princípios da década de 1950. Em 1949, Luiz Gonzaga gravou "Forró de Mané Vito", de sua autoria em parceria com Zé Dantas e em 1958, "Forró no escuro". No entanto, o forró popularizou-se em todo o Brasil com a intensa imigração dos nordestinos para outras regiões do país, especialmente, para as capitais: Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo.
Nos anos 1970, surgiram, nessas e noutras cidades brasileiras, "casas de forró". Artistas nordestinos que já faziam sucesso tornaram-se consagrados (Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Trio Nordestino, Genival Lacerda) e outros surgiram.
Depois de um período de desinteresse na década de 1980, o forró ganhou novo fôlego da década de 1990 em diante, com o surgimento e sucesso de novos trios e artistas de forró.


Gêneros musicais
O forró é dançado ao som de vários ritmos brasileiros tipicamente nordestinos, entre os quais destacam-se: o xote, o baião, o xaxado, a marcha (estilo tradicionalmente adotado em quadrilhas) e coco. Outros estilos de forró são: o forró universitário, uma revisitação do forró tradicional (conhecido como forró pé-de-serra) e o forró eletrônico ou "estilizado".

Estilos de dança
O forró é dançado em pares que executam diversas evoluções, diferentes para o forró nordestino e o forró universitário:
O forró nordestino é executado com mais malícia e sensualidade, o que exige maior cumplicidade entre os parceiros. Os principais passos desse estilo são a levantada de perna e a testada (as testas do par se encontram), também conhecido pelo termo "Cretinagem".


O forró universitário possui mais evoluções. Os passos principais são:
- dobradiça - abertura lateral do par;
- caminhada - passo do par para a frente ou para trás;
- comemoração - passo de balançada, com a perna do cavalheiro entre a perna da dama;
- giro simples;
- giro do cavalheiro;
- oito - o cavalheiro e a dama ficam de costas e passam um pelo outro.
Baião é um ritmo de dança popular da região Nordeste do Brasil, derivado de um tipo de lundu, denominado "baiano", de cujo nome é corruptela.
Principais músicos do Baião
- Hermeto Pascoal
- Luiz Gonzaga
- Humberto Teixeira
- Carmélia Alves
- Dominguinhos
- Claudete Soares
- Jackson do Pandeiro
Xaxado
Xaxado é uma dança popular Brasileira originada nas regiões do Agreste e do Sertão do estado Pernambuco, muito praticada no passado pelos cangaceiros da região, em celebração às suas vitórias.
A palavra xaxado é uma onomatopeia do barulho xa-xa-xa, que os dançarinos fazem ao arrastar as [alpercatas] no chão durante a dança.
O xaxado foi difundido como uma dança de guerra e entretenimento pelos cangaceiros, notoriamente do bando de Lampião, no inicio dos anos 1920, em Vila Bela, atual Serra Talhada. Na época, tornou-se popular em todos os bandos de cangaceiros espalhados pelos sertões nordestinos. Era uma dança exclusivamente masculina, por isso nunca foi considerada uma dança de salão, mesmo porque naquela época ainda não havia mulheres no cangaço. Faziam da arma a dama. Dançavam em fila indiana, o da frente, sempre o chefe do grupo, puxava os versos cantados e o restante do bando respondia em coro, com letras de insulto aos inimigos, lamentando mortes de companheiros ou enaltecendo suas aventuras e façanhas.


Originalmente a estrutura básica do xaxado é da seguinte forma: avança o pé direito em três e quatro movimentos laterais e puxa o pé esquerdo, num rápido e deslizado sapateado. Os passos estão relacionados com gestos de guerra, são graciosos porém firmes. A presença feminina apareceu depois da inclusão de Maria Bonita e outras mulheres ao bando de Lampião. A palavra do xaxado não era só por causa dos barulhos das sandálias. O xaxado pode ser visto de varias maneiras de acordo com o seu ponto de vista por exemplo: A dança do xaxado é vista uma dança rica em sua cultura e extremamente folclórica que tem seus estilos naturais e sem alterações. Porém a sua música seja agressiva e satíricas ,motivos pelo qual a Câmara Cascudo considerou o xaxado com uma variante do parraxaxá, um canto de insulto dos cangaceiros, executados nos intervalos das descargas de seus fuzis contra a polícia. O rifle na época substituía a mulher, como dizia o cantor e compositor Luiz Gonzaga, um dos grandes divulgadores do xaxado.O rifle é a dama. E seus instrumentos eram o pífano, zabumba, triângulo e a sanfona.
Indumentária

As roupas eram sempre em tons marrons e cáqui, de couro para que se protegessem dos espinhos da caatinga do sertão e sempre acompanhadas do rifle e da alpercata do mesmo material.
Xote

Xote (também escrito xótis, chóte ou chótis) é um ritmo musical binário ou quaternário e uma dança de salão de origem centro europeu. É um ritmo/dança muito executado no forró.
De origem alemã, a palavra "xote" é corruptela de "schottisch", uma palavra alemã que significa "escocesa", em referência à polca escocesa, tal como conhecida pelos alemães. Conhecido atualmente em Portugal como chotiça, o Schottisch foi levado para o Brasil por José Maria Toussaint, em 1851 e tornou-se apreciado como dança da elite no período do Segundo Reinado. Daí, quando os escravos negros aprenderam alguns passos da dança, acrescentado sua maneira peculiar de bailado, o Schottisch caiu no gosto popular, com o nome de "xótis" ou simplesmente 'xote'.
É uma dança muito versátil e pode ser encontrada, com variações rítmicas, desde o extremo sul do Brasil (o xote gaúcho), até no nordeste do país, nos forrós nordestinos. Diversos outros ritmos possuem uma marcação semelhante, podendo ser usados para dançar o xote, que tem incorporado também diversos passos de dança e elementos da música latino-americana, como, por exemplo, alguns passos de salsa, de rumba e mambo.
Hoje em dia, o xote é um dos ritmos mais tocados e dançados em todo o Brasil.
Alguns estilos de xote:
- Xote-carreirinho: estilo comum no Rio Grande do Sul e Paraná com coreografia próxima à da polca dançada pelos colonos alemães no Brasil.
- Xote-duas-damas: variante de xote, dançado do Rio Grande do Sul, na qual o cavalheiro dança acompanhado de duas damas.
- Xote-bragantino: estilo popular no Pará, sua coreografia difere bastante da original.
Xote-bragantino
No Pará, a dança foi trazida pelos portugueses, que a cultivavam assiduamente em todas as reuniões festivas. De longe, os escravos assistiam os movimentos e guardavam na memória.
Em 1798 quando em Bragança, os escravos fundaram a Irmandade de São Benedito, a Marujada, o Xote foi magnificamente aproveitado pelos escravos, tornando-se a mais representativa dança do povo Bragantino. Nas festas populares o Xote é executado inúmeras vezes.
Os movimentos coreográficos do "Xote" primitivo praticamente já não existem em Bragança. Lá o povo fez belas adaptações, criando detalhes de impressionante efeito visual, que sempre despertam grande entusiasmo em todas as pessoas que assistem e se empolgam com a graciosa desenvoltura das dançarinas.
Utilizando os mesmos instrumentos típicos das demais danças folclóricas paraenses, o "Xote" tem, obrigatoriamente, solos de violino (rabeca) e o canto, puxado por um dos integrantes do conjunto musical.
Tanto as damas quanto os cavalheiros apresentam-se com trajes festivos, já bastante modernizados, o que comprova que o "Xote" atual está muito longe da forma primitiva.

Algumas músicas consideradas xote:
- Xote das meninas (Luiz Gonzaga e Zé Dantas)
- Espumas ao vento (Raimundo Fagner)
- Bate Coração (Elba Ramalho)
- Regresso (Elba Ramalho)
- Nosso xote (Bicho de Pé)
- Xote da alegria (Falamansa)
- Xote dos milagres (Falamansa)
- Colo de menina (Rastapé)
- Xote laranjeira
- Querência amada (Teixeirinha)
- Panela velha (Pedro Raimundo)
- Baile da serra (Os Bertussi)
- Outro baile na serra (Porca Véia)
- Xote no sul (Mário Barbará)
- Xote de Copacabana (Jackson do Pandeiro)